terça-feira, 28 de março de 2017

À sombra da cruz

Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Gálatas 6:14
Não pode haver exaltação própria, arrogante pretensão à libertação do pecado, por parte dos que andam à sombra da cruz do Calvário. Eles sentem que seu pecado foi o causador da agonia que quebrantou o coração do Filho de Deus, e esse pensamento os levará à humilhação. Os que vivem mais perto de Jesus reconhecem mais claramente a fragilidade e a condição de pecaminosidade do ser humano, e sua única esperança está nos méritos de um Salvador crucificado e ressurgido.
A santificação que adquire preeminência no mundo religioso traz consigo o espírito de exaltação própria e o desrespeito pela lei de Deus, os quais a estigmatizam como estranha à religião da Escritura Sagrada. Seus defensores ensinam que a santificação é obra instantânea, pela qual, mediante a fé apenas, alcançam perfeita santidade. “Apenas creia”, dizem, “e a bênção será sua”. Nenhum outro esforço, por parte do que recebe, se pressupõe necessário. Ao mesmo tempo, eles negam a autoridade da lei de Deus, insistindo em que estão livres da obrigação de guardar os mandamentos. Entretanto, é possível aos seres humanos ser santos, de acordo com a vontade e caráter de Deus, sem ficar em harmonia com os princípios que são a expressão de Sua natureza e vontade, e que mostram o que Lhe é agradável?
O desejo de uma religião fácil, que não exija esforço, renúncia nem ruptura com as loucuras do mundo tem tornado popular a doutrina da fé, e da fé somente. Porém, o que diz a Palavra de Deus? […]
O testemunho da Palavra de Deus é contra essa doutrina perigosa da fé sem as obras. Não é fé pretender o favor do Céu sem cumprir as condições necessárias para que a graça seja concedida: é presunção; porque a fé genuína se fundamenta nas promessas e disposições das Escrituras.
Ninguém se engane com a crença de que pode se tornar santo enquanto voluntariamente transgride um dos mandamentos de Deus. Insistir em cometer o pecado conhecido faz silenciar a voz do Espírito e separa a alma de Deus. […] Não podemos atribuir santidade a qualquer pessoa sem julgá-la pela medida da única norma divina de santidade, no Céu e na Terra (O Grande Conflito, p. 471, 472).

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