segunda-feira, 17 de abril de 2017

17 de abril - Segunda, Como nos enxergamos?

E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Filipenses 4:19
Nos dias de Cristo, os guias religiosos do povo julgavam-se ricos em tesouros espirituais. A oração do fariseu, dizendo: “Ó Deus, graças Te dou, porque não sou como os demais homens” (Lc 18:11), exprimia os sentimentos de sua classe e, em grande parte, da nação inteira. No entanto, na multidão que cercava Jesus, havia alguns que tinham a intuição de sua pobreza espiritual. Quando, na pesca miraculosa, revelou-se o poder de Cristo, Pedro lançou-se aos pés do Salvador, exclamando: “Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador” (Lc 5:8). Da mesma forma, na multidão reunida no monte, havia pessoas que, na presença de Sua pureza, sentiam-se desgraçadas, miseráveis, pobres, cegas e nuas (Ap 3:17). Estas almejavam a graça de Deus, que “se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11). Nessas pessoas, as palavras de saudação de Cristo despertaram esperança; viram que sua vida estava sob a bênção de Deus.
Jesus havia apresentado a taça de bênçãos aos que se julgavam ricos e de nada necessitados (Ap 3:17), e eles, com escárnio, voltaram as costas à dádiva misericordiosa. Aquele que se julga são, que pensa ser razoavelmente bom e se satisfaz com seu estado não procura se tornar participante da graça e justiça de Cristo. O orgulhoso não sente necessidade e, assim, fecha o coração a Cristo e às bênçãos infinitas que Ele veio dar. Não há lugar para Jesus no coração dessa pessoa. Os que são ricos e honrados aos próprios olhos não oram com fé para receber a bênção de Deus. Presumem estar cheios, por isso se retiram vazios. Os que sabem que não podem salvar a si mesmos nem praticar qualquer ação de justiça por si mesmos são os que apreciam o auxílio que Cristo pode conceder. São eles os pobres de espírito, aos quais Ele declara bem-aventurados.
Aquele a quem Cristo perdoa é tornado, em primeiro lugar, penitente, e é função do Espírito Santo convencer do pecado. Aqueles cujo coração foi movido pela convicção comunicada pelo Espírito de Deus percebem que não existe nenhum bem em si mesmos. Percebem que tudo que já fizeram está misturado com o próprio eu e o pecado. Como o pobre publicano, ficam a distância, não ousando erguer os olhos ao céu, e clamam: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lc 18:13, ARC). Estes são abençoados (O Maior Discurso de Cristo, p. 6-8).

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