quinta-feira, 20 de abril de 2017

Troca na maternidade

Troca na maternidade
Quem é a minha mãe? E quem são os meus irmãos? Marcos 3:33
Por acaso já passou pela sua cabeça a dúvida: “Será que eu fui trocado na maternidade?” Não deve ser nada fácil descobrir ser filho biológico de uma família e ter sido criado por outra, por conta de um erro no hospital na hora do parto.
Foi muito emocionante ver minha filha nascer. Porém, quando o médico a pegou no colo e a levou para outra sala, confesso que um desespero de pai de primeira viagem encheu meu peito e, sem pensar, disse: “Ei, volta aqui. Para onde você está levando minha filha?” Eu não queria correr o risco de que ela fosse trocada.
Para evitar enganos, as maternidades têm seus métodos. Quando a mãe chega para dar à luz, ela recebe uma pulseira com um número igual ao da outra pulseira, pequena, que será colocada no bracinho do bebê. Mesmo assim, é bom, na hora do parto, os pais prestarem atenção a determinadas características físicas do recém-­nascido e, de preferência, fotografar a criança. Tudo isso para evitar o trauma da troca.
Mesmo sendo filho biológico de Maria, o versículo de hoje revela que houve um dia em que Jesus se sentiu como se tivesse sido trocado na maternidade/estrebaria. Era o início de seu ministério, e as pessoas começavam a segui-lo em virtude de seu poder e sabedoria, mas seus irmãos de sangue e sua mãe não estavam compreendendo a natureza divina de sua missão.
Motivados pelo ciúme dos líderes religiosos, os irmãos de Jesus convenceram Maria de que algo estava errado com o filho dela. Foram então até à casa em que Jesus estava pregando e tentaram falar com Ele. Havia uma multidão dentro e fora do lugar, de modo que alguém precisou avisar o Senhor a respeito da presença de sua família.
Jesus, porém, sabia o motivo da presença deles. Por isso, disse, apontando para as pessoas que estavam na casa: “Vejam! Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos. Pois quem faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Marcos 3:34, 35). Ele estava dizendo que existe uma coisa que une mais as pessoas do que os laços de sangue: o amor ao evangelho e à verdade.
Pelo fato de seguirem a Cristo, algumas pessoas são perseguidas até pela família de sangue. Porém, Cristo garante que cada um de nós pode ter um novo lar com seu povo. Quando o Médico Jesus nos leva para o tanque do batismo, onde nascemos de novo, Ele faz a “troca na maternidade”, e passamos a fazer parte do povo de Deus. Se quiserem, nossos familiares também podem ser trocados.

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